Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram um sensor capaz de medir os níveis de glicose na urina, sem precisar furar o dedo.
SUSTENTABILIDADE E PRÓXIMOS AVANÇOS:
O novo método de medição de glicose permite aferir os níveis de açúcar na urina, dispensando a tradicional punção no dedo para obtenção de sangue.
Este avanço marca um passo inicial na direção do monitoramento da diabetes utilizando outros fluidos corporais, como suor, saliva e lágrimas, tornando o processo menos doloroso e invasivo.
Além disso, o material utilizado é descartável e biodegradável, oferecendo uma solução sustentável. O tecido é resistente ao acúmulo de microrganismos, proporciona resposta rápida e vida útil prolongada.
Essa inovação foi desenvolvida por cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e da unidade de pesquisa em instrumentação da Embrapa em São Carlos.
QUANTO CUSTA MEDIDOR DE GLICOSE QUE NÃO FURA O DEDO?
O novo biossensor é flexível e foi capaz de detectar glicose tanto em urina sintética quanto em amostras coletadas de voluntários até o limite mínimo de 0,000197 mol por litro de fluido.
O sensor emprega a enzima glicose oxidase para quebrar o açúcar em estruturas menores, liberando peróxido de hidrogênio, cuja quantidade formada é medida para estimar o nível de açúcar.
Uma outra vantagem do medidor de glicose que não precisa furar o dedo é o seu baixo custo. A produção de tiras com sensores de 3 cm pode ter custo inferior a US$ 0,25 por unidade, o que equivale a aproximadamente R$ 1.
Fonte: Jornal da USP
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