Baianos têm o 5º menor rendimento domiciliar per capita do país

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                                 Dados são do IBGE Crédito: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Em 2023, o rendimento mensal domiciliar per capita da Bahia foi de R$ 1.139, o 5º menor do país, superando apenas Pernambuco (R$ 1.113), Alagoas (R$ 1.110), Acre (R$ 1.095) e Maranhão (R$ 945). O valor estava abaixo do salário mínimo, que, no mesmo ano, era de R$ 1.302. Na prática, esses números indicam que os baianos têm mais dificuldades para ter acesso a questões básicas. É o que aponta o educador financeiro Raphael Carneiro.

“Mesmo com essa diferença sendo reduzida ao longo dos anos, isso faz com que os baianos precisem de um esforço maior para manter as contas em dia e ter uma vida digna”, diz Raphael Carneiro.

Em comparação ao ano de 2022, o estado registrou um aumento de 12,8% ou R$ 129, em termos nominais - sem considerar os efeitos da inflação - e subiu uma posição no ranking nacional.


De 2022 para 2023, todas as 27 unidades da Federação registraram um aumento nominal do rendimento domiciliar per capita médio. O crescimento da Bahia foi o 6º mais baixo em números absolutos (R$ 129) e o 17° em aumento percentual (12,8%). Entre os nove estados do Nordeste, a Bahia permaneceu em 6º lugar, à frente apenas de Pernambuco (R$ 1.113), Alagoas (R$ 1.110) e Maranhão (R$ 945).

De acordo com Gustavo Pessoti, conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a posição da Bahia no ranking possui relação direta com o índice de desemprego do estado. Em 2023, o estado teve taxa de desemprego de 13,2%, a 2ª mais alta do país, abaixo de Pernambuco (13,4%).

“A renda domiciliar é uma derivação do mercado de trabalho. 32,7% da população economicamente ativa ou está desempregada ou está subutilizada. Com essas características, é impossível ter uma situação de renda domiciliar per capita melhor”, explica.

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