O estado da Bahia, conhecido por sua rica diversidade cultural e natural, tem enfrentado um desafio significativo nos últimos tempos, com o aumento das invasões irregulares, principalmente associadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo o relatório final de uma CPI, a Bahia lidera as estatísticas de invasões em propriedades rurais, registrando 18 casos no ano 2023.
Dentre essas invasões, o estado testemunhou conflitos que resultaram em tragédias. Em agosto, a líder quilombola Pitanga dos Palmares, localizada em Simões Filho, região metropolitana de Salvador, foi brutalmente assassinada em sua residência, mesmo possuindo mandado protetivo. A vítima, Mãe Bernadete, uma idosa de 72 anos, teve sua vida ceifada, revelando a vulnerabilidade e a tensão presentes em algumas comunidades.
Além disso, os embates entre fazendeiros e indígenas na região sudoeste, entre os municípios de Itapetinga e Potiraguá, deixaram feridos com armas de fogo e flechas, culminando na trágica morte da líder indígena Maria de Fátima Muniz, da etnia Pataxó Hã Hã hae.
A Associação dos Pecuaristas do Sul da Bahia (ABASB) e a Federação da Agricultura e Pecuária expressaram preocupação com a suposta omissão do governo estadual na mediação desses conflitos, que poderiam ter sido evitados. Com a vinda da ministra Sónia Guajajara dos povos indígenas na Bahia, em meio a esse cenário tenso, a sugestão de formar uma frente única para mediar as negociações, com a participação de uma proposta que busca ouvir ambas as partes envolvidas.
É imperativo que o governo do estado tome medidas efetivas para conter a escalada de conflitos e promover um diálogo construtivo entre as partes. A busca por soluções que considerem os direitos e interesses de todos os envolvidos é crucial para a construção de uma convivência pacífica e sustentável em terras baianas. Este é um chamado para ações que visem à resolução pacífica dessas disputas, preservando a vida e a harmonia social na Bahia.
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