Javier Milei toma posse como presidente da Argentina

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Javier Milei foi empossado neste domingo (10) no Congresso Nacional como presidente da Argentina, minutos antes de sua vice-presidente, Victoria Villarruel, e de seus ministros.

A cerimônia foi presidida por seu antecessor Alberto Fernández e pela vice-presidente Cristina Fernández, antes do congresso nacional em Buenos Aires.

Após ser empossado como presidente da Argentina, Javier Milei deixou o Congresso e dirigiu-se à escadaria, de onde falou para uma multidão que se reunia para participar da cerimônia de inauguração.

Quebra de protocolo

Assim que assumiu a presidência da Argentina neste domingo (10). Milei quebrou o protocolo de posse e discursou das escadarias do Congresso, invés de o fazer no interior da Casa Legislativa.

Dirigindo-se aos seus apoiadores em frente ao Congresso, Milei disse que este é o dia no qual foram enterradas décadas de fracasso e disputas que arruinaram o país.

“Hoje começa uma nova era na Argentina. Uma era de paz e prosperidade. Uma era de crescimento e desenvolvimento. Uma era de liberdade e progresso”, disse Milei durante o discurso de posse.

Discurso

Durante o primeiro discurso de Javier Milei como presidente, o líder libertário voltou a passar em revista algumas das políticas que irá aplicar a partir desta segunda-feira para “reorganizar a economia”.

“Não há alternativa ao ajuste, não há alternativa ao choque”, disse Milei depois de garantir que na Argentina “não há dinheiro”.

“Infelizmente, isto terá impacto na atividade econômica, na pobreza e nos salários”, admitiu. Ele também reconheceu que se iniciará um cenário de estagflação, embora tenha dito que “não é tão diferente do que vivemos hoje”.

“A única possibilidade possível é o ajuste; um ajuste ordenado”, acrescentou.

Primeiras medidas

Poucas horas depois de vencer com mais de 11 pontos percentuais de vantagem sobre o candidato governista Sergio Massa, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, começou a dar suas primeiras definições sobre quais serão as medidas de seu governo a partir de 10 de dezembro.

Milei já havia antecipado isso em seu discurso na noite do dia 19 de novembro. “Não há espaço para o gradualismo, para a frouxidão, nem para meias medidas. Se não avançarmos rapidamente estaremos caminhando para a pior crise de toda a nossa história”, alertou após os resultados que lhe deram a vitória.

Em declarações aos meios de comunicação locais na última segunda-feira (4), o libertário começou a dar suas primeiras definições sobre a possível privatização de empresas e meios de comunicação públicos, um sistema de “vouchers” na saúde e na educação, ações cambiais, taxas e também levantou os primeiros nomes da sua equipe.

Gabinete e Supremo Tribunal de Justiça

Nas primeiras declarações à mídia, Milei também deu algumas definições e indicações sobre quem o acompanhará em sua gestão.

Entre os nomes já anunciados para assumir ministérios estão:

  • Ministério da Defesa: Luis Petri
  • Ministério do Capital Humano: Sandra Pettovello
  • Ministério da Economia: Luis Caputo
  • Ministério da Infraestrutura: Guillermo Ferraro
  • Ministério do Interior: Guillermo Francos
  • Ministério da Justiça: Mariano Cúneo Libarona
  • Ministério das Relações Exteriores: Diana Mondino
  • Ministério da Segurança: Patricia Bullrich
  • Ministério da Saúde: Mario Russo
  • Ministério do Trabalho: Gustavo Morón
  • Chefe de gabinete: Nicolás Posse

*Em atualização. Com informações de João Nakamura.//CNN.

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