As medidas foram autorizadas pelo Superior Tribunal da Justiça porque um dos investigados é o governador da Bahia, Rui Costa (PT), presidente do Consórcio Nordeste à época. Não há, entretanto, mandados contra o governador
Segundo a PF, o processo de compra teve diversas irregularidades. Cerca de R$ 40 milhões foram pagos pelos equipamentos.
As buscas realizadas contam a participação de auditores da Controladoria-Geral da União e os investigadores miram possíveis crimes de estelionato, dispensa de licitação sem observância das formalidades e lavagem de dinheiro.
Segundo os investigadores, a apuração conseguiu identificar um esquema criminoso que envolve lobistas, empresários, agentes públicos e empresas que atuavam na Bahia e em São Paulo.
De acordo com a CGU, a contratação com dispensa de licitação foi realizada pela Secretaria de Saúde da Bahia e uma auditoria mostrou que, apesar dos valores envolvidos e da relevância dos equipamentos naquele momento de pandemia, não havia justificativa para contratação da empresa.
A empresa, diz a CGU, dedicava-se à comercialização de medicamentos à base da Cannabis (maconha) e não possuía "qualquer comprovação de experiência ou mesmo capacidade operacional e financeira para cumprir o contrato".
Ainda segundo os auditores, o pagamento de cerca de R$ 49 milhões foi efetuado sem as devidas garantias e sem observar as orientações da Procuradoria-Geral do Estado.
Em junho de 2020, a Polícia Civil da Bahia já havia realizado a operação Ragnarok para apurar os fatos.
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