A modificação etimológica já foi feita pelo Senado Federal em 2021 a pedido da Deputada Federal Joenia Wapichana, para "Dia dos povos indígenas do Brasil", uma luta de nossos parentes que por muitas décadas criticavam a alcunha de serem nomeados geneticamente de "índios", apelido dado por Américo Vespúcio quando achou estar nas Índias.
Pense nos povos indígenas, na diversidade das nações originárias dessa Terra Pindorama chamada Brasil. Chame indígenas aldeados ou não aldeados para falarem de suas lutas atuais, de suas reivindicações sociais, políticas, de saúde e educação. Traga professores indígenas, ou pesquisadores sérios que tratam de documentos históricos resgatados do apagamento e silenciamentos seculares, mas não faça isso apenas nesta data. Busque tornar isso uma prática constante desse descobrimento pluricultural ainda imerso num analfabetismo.
Ser indígena não é folclore, não é um mito genérico perdido na mata. São etnias, idiomas, múltiplas culturas e diferentes modos de ser, de sentir, de hábitos e costumes, artísticos e sagrados, que devem ser respeitados e reconhecidos como patrimônios próprios de cada povo.
Por isso, o olhar para os povos indígenas deve ser ampliado e reflexivo, para evitar a manutenção dos esteriotipos coloniais e racistas que ofendem e desvalorizam a diversidade humana, antropológica e espiritual, povos que há mais de 522 anos sofrem perseguições e usurpações de seus direitos humanos e de seus corpos e territórios.
Busque também seguir as redes sociais de articulação nacional dos povos indígenas, como a @apiboficial, a @apoinme_brasil, a @coiabamazonia, a @anmigaorg, que são entidades sérias na luta contemporânea dos indígenas do Brasil.
ASCOM/Aldeia Alto da Abobreira - Povos Kamakãs do sudoeste da Bahia
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